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domingo, 1 de maio de 2011

No ramo de negócios onde trabalho, de serviços de recuperação de créditos em massa, estamos saindo de um cenário de cobrança onde volume de recebimento sempre foi o diferencial, para outro onde os grandes clientes ranqueiam e comparam os escritórios de cobrança, auditam a qualidade do serviço prestado e ainda (obviamente) exigem volumes de recebimento crescentes. Não basta apenas receber em quantidade, é preciso atender às exigências qualitativas e estar entre os primeiros dos rankings se quisermos manter ou aumentar nossa fatia de mercado.
Para não ficarmos ultrapassados em relação aos concorrentes (o que representa risco de perda da tal fatia), precisamos mudar nossa forma de leitura do cenário atual, mudar nossas estratégias e processos de trabalho, bem como o relacionamento com os recursos disponíveis, sejam eles tecnológicos, financeiros, humanos ou informacionais. Para auxiliar na reflexão sobre esse novo momento da cobrança massificada, vejamos o que diz Thomas H. Davenport sobre o pensamento e a atitude analítica na administração.
"As organizações não utilizam a análise apenas porque podem – os negócios de hoje estão repletos de dados – mas também porque devem competir usando essa técnica. Em uma época em que as empresas de muitos setores oferecem produtos semelhantes e utilizam tecnologias comparáveis, os processos de negócios estão entre os poucos pontos de diferenciação que ainda restam.
As empresas que utilizam a análise extraem a última gota de valor desses processos.
Competir por meio da análise requer tecnologia. Organizações de alta performance operam no limite da fronteira da Tecnologia da Informação. Mas a análise levada a sério exige pelo menos uma estratégia de dados, um software de business intelligence e hardware capaz de tratar grandes quantidades de dados, além de pessoas analíticas.
Pessoas analíticas (analistas independentemente de sua função) tem a capacidade de expressar ideias complexas em termos simples e dispor de habilidades de relacionamento para interagirem com os tomadores de decisões.
Então, independentemente do cargo ocupado na organização, devemos nos perguntar 'eu sou analítico?'”.
"Você sabe que é analítico quando...
1.      Aplica sistemas sofisticados de informação e análise às suas competências básicas e a uma série de funções variadas, de marketing a recursos humanos, por exemplo.
2.      Sua equipe executiva não reconhece apenas a importância dos recursos analíticos, mas também faz com que seu desenvolvimento e manutenção tenham atenção prioritária.
3.      Você trata a tomada de decisões com base em fatos não apenas como uma melhor prática, mas também como parte uma cultura constantemente realçada e comunicada pela alta administração.
4.      Você não emprega apenas pessoas com habilidades analíticas, mas sim muitas pessoas com a melhor habilidade analítica e as considera fator-chave para o sucesso.
5.      Você não emprega apenas a análise em cada função e departamento, mas também a considera tão estrategicamente importante que você administra no mais alto nível de sua empresa.
6.      Você não apenas é especialista em “moer” números, mas também inventa métricas próprias a serem utilizadas em processos-chave do negócio.
7.      Você não emprega apenas dados e análises abundantes em sua empresa, mas também compartilha-as com seus clientes e fornecedores.
8.      Você não consome apenas dados, mas também não perde qualquer oportunidade para gerar informações, criando uma cultura “teste e aprenda” com base em numerosas pequenas experiências.
9.      Você não se comprometeu apenas a competir usando a análise, mas também tem desenvolvido suas capacitações durante vários anos.
10.    Você não realça apenas a importância da análise internamente, mas também faz com que suas capacitações quantitativas façam parte da história de sua empresa, compartilhando-as nos relatórios anuais e nas conversas com analistas financeiros."
Retirado do livro “Decisões mais inteligentes”, Editora Campus.

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